Weblog do Igor

maio 14, 2008

A democracia sangrenta

Filed under: Uncategorized — Igor Costa @ 5:58 pm

O texto abaixo, se trata de uma comparação bastante feliz entre o nosso atual contexto social com um acontecimento da História.

Atentai o perigo. Isto é real: o absolutismo. Cuba não existe? Fidel não existe? Foram 50 anos, e passou para o Hermano. Venezuela existe, Chávez existe. Há um novinho mais sabido do que todos, o do Equador, Correa. Ele cassou 19 Deputados. Dez foram à Justiça, receberam uma liminar para voltar, e ele mandou prender. Os outros fugiram para a Colômbia. Esse foi ligeirinho. O Morales vocês conhecem. Agora, há o bispo do Paraguai. Nicarágua é bem ali, do Sr. Ortega. São todos naquela volta do absolutismo dos reis, dos Mussolinis e dos Hitlers.

“Quem espera que o diabo ande pelo mundo com chifres será sempre sua presa.” (Schopenhauer)

Era uma vez um sujeito humilde, que resolveu entrar para o Partido dos Trabalhadores, logo no começo de sua existência. Foi praticamente um dos fundadores do Partido. Tamanha era a sua influência sobre os demais membros, que logo se tornou o maior líder dentro do partido. Praticamente redigiu o programa que seria defendido pelo partido. Esse programa era uma mistura de socialismo com nacionalismo.

O programa defendia a “obrigação do Governo de prover aos cidadãos oportunidades adequadas de emprego e vida”. Alertava que “as atividades dos indivíduos não podem se chocar com os interesses da comunidade, devendo ficar limitadas e confinadas ao objetivo do bem geral”. Demandava o “fim do poder dos interesses financeiros”, assim como a “divisão dos lucros pelas grandes empresas”. Também demandava “uma grande expansão dos cuidados aos idosos” e alegava que “o Governo deve oferecer uma educação pública muito mais abrangente e subsidiar a educação das crianças com pais pobres”. Defendia que “o Governo deve assumir a melhoria da saúde pública, protegendo mães e filhos e proibindo o trabalho infantil”. Pregava uma “reforma agrária para que os pobres tivessem terra para plantar”. Combatia o “espírito materialista” e afirmava ser possível uma recuperação do povo “somente através da colocação do bem comum à frente do bem individual”. O meio defendido para tanto era o centralismo do poder. [O absolutismo.]

O líder era muito carismático, e sua retórica populista conquistava milhões de seguidores.

Ele contava com um brilhante “marqueteiro, que muito ajudava na roupagem do “messias restaurador”, enfeitiçando as massas. Foi projetada a imagem de um homem simples e modesto, de personalidade mágica e hipnotizadora, um incansável batalhador pelo bem-estar do seu povo. Seus devaneios megalomaníacos eram constantes. Sua propaganda política incluía constante apelo às emoções, repetindo idéias e conceitos de forma sistemática, usando frases estereotipadas e evitando ao máximo a objetividade. O Estado seria a locomotiva do crescimento econômico, da criação de empregos e do resgate do orgulho nacional. A liberdade individual era algo totalmente sem importância neste contexto.

Seu Partido dos Trabalhadores finalmente chegou ao poder, através da mesma democracia que era vista com desdém por seus membros. Uma “farsa” para tomar o poder. O real objetivo tinha sido conquistado. As táticas de lavagem cerebral tinham surtido efeito. Uma vez no governo, o líder foi concentrando mais e mais poder para o Estado, controlando a mídia, as empresas, tudo. Claro que o resultado foi catastrófico, como não poderia deixar de ser”. O povo pagou uma elevada conta pelo sonho do “messias” que iria salvar a pátria”.

Caro leitor, o líder carismático descrito acima não é quem voçê estava pensando. Não é. Não é o descrito quem estamos, brasileiros e brasileiras, pensando.

Ele é, na verdade, Adolf Hitler, líder do Partido dos Trabalhadores Nacional-Socialista da Alemanha, mais conhecido apenas como “nazistas”.

Schopenhauer estava certo no alerta da epígrafe. O diabo costuma se vestir de forma altruísta. Os chifres aparecem somente depois que a vítima vendeu-lhe sua alma. Aí já é tarde demais…”

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